Hábitos como fumar, beber álcool ou usar drogas durante a gravidez podem dar origem a problemas e complicações, tais como parto prematuro, baixo peso ao nascer ou aumento do risco de aborto espontâneo. No entanto, a ideia de que os hábitos menos saudáveis da gestante são também causa de Síndrome de Down no bebé é um mito.
O que causa a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down é uma doença com origem genética que ocorre quando uma pessoa nasce com um cromossoma 21 a mais, devido a “um erro aleatório na divisão celular”, tal como se esclarece no site do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos.
Na maior parte das vezes, explica-se no mesmo texto, “o erro ocorre de forma aleatória durante a formação de um óvulo ou de um espermatozoide” e, “até à data, não se conhece nenhuma atividade comportamental dos pais ou fator ambiental que cause a Síndrome de Down”. Ou seja, não há nada que indique que os hábitos dos progenitores possam causar a doença.
A mesma ideia é exposta num artigo informativo publicado no site do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido em que se aponta que “o cromossoma extra surge por acaso, devido a uma alteração no espermatozoide ou no óvulo antes do nascimento”, e se sublinha que “esta alteração não se deve a nada que alguém tenha feito antes ou durante a gravidez”.
Como se manifesta a Síndrome de Down?
Na página dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla inglesa), informa-se que este cromossoma extra “altera a forma como o corpo e o cérebro do bebé se desenvolvem, o que pode causar desafios mentais e físicos ao bebé”.
A mesma fonte adianta que, regra geral, “as pessoas com síndrome de Down têm normalmente um QI (uma medida de inteligência) entre ligeiro e moderado e são mais lentas a falar do que as outras crianças”.
Já as características físicas mais comuns das pessoas com síndrome de Down incluem, por exemplo, “rosto achatado, especialmente a ponte do nariz”, “olhos em forma de amêndoa que se inclinam para cima”, “pescoço curto” e “orelhas pequenas”.
É também comum a língua “tender a ficar para fora da boca”, haver “pequenas manchas brancas na íris do olho”, “mãos e pés pequenos”, “uma única linha na palma da mão (prega palmar)”, “dedos mindinhos pequenos que, por vezes, se curvam em direção ao polegar”, “tónus muscular fraco ou articulações soltas” e “altura mais baixa em crianças e adultos”.
Os CDC adiantam ainda que embora muitas pessoas com esta síndrome tenham apenas as características faciais distintas e nenhum outro defeito de nascimento grave, algumas podem apresentar problemas de saúde adicionais, sendo os mais comuns “perda auditiva, apneia obstrutiva do sono, infecções de ouvido, problemas oculares e defeitos cardíacos presentes desde o nascimento”.
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